Administrações públicas em Cravinhos – o poder executivo, a população e os amigos.

Nascer numa cidade e nela estar morando até a proximidade dos 40 anos, sendo que 8 anos dedicando ao legislativo, faz-me tecer muitas considerações.

Olhar para nós mesmos, entendermo-nos com honestidade, é uma arte que deve ser praticada. Para isso devemos distinguir alguns atores que atuam nas instituições dessa cidade.

Administrações públicas.

Essa instância democrática a nível municipal é exercida pelos prefeitos, seus secretários e vice-prefeito e funcionam sob a supervisão, fiscalização e colaboração do poder executivo. Críticas à administração pública não são necessariamente críticas às pessoas que dela participam. Em muitos casos, são até positivas, visto que refletem às reivindicações populares, exercem pressão e podem causar mudanças. Sem elas a administração fica engessada.

 O poder executivo, como se nota, é parte da administração pública. O prefeito é seu chefe e grande responsável pelas ações desse poder, mas não é único. Suas ações dependem também do legislativo e da eficiência de sua equipe.

Numa cidade em estado direito, a população é que elege seus representantes e por isso deve ter voz ativa, reivindicar, reclamar, propor, criticar, elogiar, etc. Não raro, boa parte da população se vê indefesa ou inapta de reivindicar seus direitos, isso ocorre normalmente por falta de instrução. Então, alguns cidadãos tomam para si a responsabilidade de levar aos poderes constituídos os anseios das pessoas. E nesse caso, a figura do legislador se destaca, apesar de não ser a única.     

Diante de todos esses atores diversos, a pessoa coerente reconhece amigos. Esses são cidadãos de grande afeto, de afinidades, de tempos saudosos. É assim, e aceitável que seja, que eu faço minhas críticas às administrações e a funções exercida por pessoas em si.

Um exemplo emblemático é com o ex-prefeito Boi. Pessoa a qual eu aprendi a admirar e respeitar, com uma visão de mundo excelente e testada, pessoa que não se entregou os prazeres do capital em detrimento da administração. Com ele compartilhei gostos pelo futebol, fomos companheiros de trajetória em várias ocasiões independente da política.

Apesar de tudo isso, a minha postura como legislador exige rigidez quanto a determinadas atitudes de sua administração. A qual, que a verdade seja dita, fez muita coisa boa para a cidade. Contudo, outras poderiam ter sido melhores. O que também é normal em qualquer administração. O bom administrador reconhece isso e sabe que sempre haverá coisas a fazer, erros são possíveis, temos que corrigi-los.

Assim se aplica a grande verdade – o bom administrador é aquele que erra menos.

Eu, pretendo a cada dia, manter os amigos no coração. Lembrar deles com respeito e orgulhoso por tê-los com amigos. Mas, ao mesmo tempo, minha condição de legislador exige pulso firme para honrar os votos do povo que reivindica, povo do qual de fato é dele que emana o poder.