Ideologia, cultura e educação.

Esses temas são de extrema importância na nossa sociedade e falar sobre eles profundamente é tarefa difícil, a qual aqui eu não me proponho. Gostaria apenas de fazer breves apontamentos sobre eles e relacioná-los principalmente com a classe docente. Vista por mim, como a mais apta a fazer análises pormenorizadas desses conceitos. 

Na minha breve passagem pela Secretaria da Cultura de Cravinhos aprendi que cultura não é somente conhecimento, ideias e valores. Ela também engloba práticas e construções do ser humano, daí, pelo menos no meu ponto de vista, a ideologia estar presente na cultura. Ou diria, nas culturas.     

A ideologia às vezes me preocupa, há intrepretações onde se nota que ela é usada pela classe dominante para manter o poder. Não só no sentido de divisão de classe do marxismo, mas em termos mas abrangentes, por exemplo, um grupo de pessoas pode defender uma ideologia para se manter na condição que estão.

No meio desses conceitos e das tão complicadas interpretações me considero um utópico. Não no sentido daquilo que é  impossível, mas sim no sentido da mudança, de propor coisas novas que até parecem impossíveis.

Mas como vereador, pode não parecer, isso é difícil. Por quê?

A participaçao política nesse país é pouca. Só se preocupam com política quando o interesse é de uma classe específica. Presenciei isso na municipalização do ensinho, onde só assim os professores se mobilizaram, classe que deveria estar mobilizada constantemente pelas causas mais abrangentes.   E ainda bem que se mobilizaram, ocasião na qual eu os defendi viemente. Não só pela classe, mas por entender que o ensino municipal carece de melhorias até a quarta série e diante disso não poderia municipalizar até a oitava.

Mas e os docentes?

Vejo-os como a classe que é a mais capacitada para formar opinião. Lá na câmara às vezes estão presentes apenas os vereadores, em atos quase que "secretos". Como mostrar nosso serviço? Como mostrar o que estamos votando? Já os professores todos os dias lidam e têm contado com no mínimo dezenas de pessoas. E pessoas em idades interessante para difundir a cultura e a parcipação política. 

O desafio está lançado. Senhores professores e professoras, mudem! Convidem seus alunos para assistir às sessões da câmara. Lancem neles a ideia crítica de como devemos cobrar os nossos legisladores. Eu quero ser o primeiro a ser cobrado. Mas ficarei feliz em ver uma classe políca coerente e apta a exercer a funão de eleitores conscientes e politizados.